29.6.12

Resenha: A casa da praia, Jane Green


Título: A casa da praia
Autor: Jane Green
Editora: NovaFronteira
Gênero: Romance, Ficção
Páginas: 363
Publicado em: 2011
Avaliação:  4 ½ estrelas

Sinopse: Nan é uma velhinha esperta, saudável, agitada, faladeira. Viúva é chamada de excêntrica pelos moradores de Nantucket – a ilha que se transformou em recanto de férias para milionários. Seu casarão fica na beirada de um penhasco e é admirado por todos da cidade, inclusive pelos empreendedores de plantão, sempre dispostos a anunciar a melhor oferta.
Após uma visita inesperada de seu consultor financeiro, Nan descobre que perdeu todo o seu dinheiro investido e, prestes a ficar sem o imóvel, tem uma brilhante ideia: transformá-lo numa pousada. Assim, os dias de Nan passariam a ser movimentados como antes, e a casa voltaria a ter vida.
Longe dali, três histórias se desenrolam: Daniel guarda um terrível segredo, que o leva ao divórcio; Daff precisa lidar com a revolta da filha adolescente, que a culpa por ter de viver longe do pai; e o filho de Nan, Michael, perde a cabeça e acaba prejudicando sua carreira.
Um verão fora de casa talvez seja tudo de que eles precisam, embora pareça que só um milagre possa resolver os seus problemas. E é na casa da praia que eles se refugiam, onde vão buscar a felicidade e descobrir quem realmente são.

Em A Casa da Praia nós somos apresentados a diversas histórias, cada uma com o seu envolvimento e drama. É um livro que se eu visse a venda, não compraria por causa da capa. É daí que vem aquele velho ditado: “Não julgue um livro pela capa”, pois é. O que chama atenção no livro é a maneira como é organizada a sua narrativa. Conhecemos diversos personagens, com diversos conflitos, que no decorrer do livro irão se encontrar na velha casa da praia.

Nan, a dona da casa, é uma senhora de idade, que se mostra muito ativa logo no início do livro. Ela vê sua vida fugir do rumo ao descobrir que perdeu todo o dinheiro que tinha aplicado em um fundo de investimento. Dinheiro que ela adquiriu logo após a morte do marido. Para tentar se reerguer, e não ter que vender a casa na qual guarda grandes memórias, ela tem a ideia de fazer uma pousada durante o verão, assim, ganha um pouco de dinheiro e ainda tem a casa repleta de gente como sempre gostou.

Daniel é um jovem consultor imobiliário casado com a Bee. Ele vê seu casamento desmoronar aos poucos por esconder um “terrível” segredo de sua família. Bee, ao perceber, com o passar dos anos, o distanciamento do marido, propõe que eles façam terapia de casal no qual eles tentam buscar ajuda para salva o matrimônio e, que no fim, Daniel acaba percebendo que é algo inútil.
Daff é uma recém-divorciada que vê seu mundo desabar logo após a descoberta da traição do marido. Ela se vê na situação de mãe solteira de uma adolescente rebelde, Jess, que a culpa pelo fim do casamento e não aceita a nova relação do pai, Richard.
Michael, filho de Nan, sempre foi namorador, mas nunca achou alguém que o completasse por inteiro e acabava nunca se comprometendo com suas namoradas. Quando um dia acaba em uma relação dolorosa e comprometedora com sua chefe.

A casa da praia mostra-se um refúgio para todos esses personagens que buscam a resposta para todas as suas dores e aflições. Eles, no decorrer do livro, criam um laço como uma família. É como se casa tivesse vida própria para envolver todos eles, gerando uma grande intimidade, e acabam compartilhando e superando juntos os seus dramas.

No livro, os personagens se mostram muito palpáveis e não pessoas estereotipadas, são humanas. Conseguimos fazer diversas ligações ao nosso dia-a-dia. É um livro escrito de maneira simples e leve, com uma certa carga emocional. E no final acabamos não com uma lição de moral, mas com uma mensagem em que tudo pode ter uma solução.
Ao mesmo tempo em que é sentimental e profundo, é também romântico e bonito. No transcorrer da narrativa já dá pra matar a charada de quem vai se envolver com quem, e você acaba torcendo loucamente para que esse relacionamento dê certo.

Minha nota é 4 ½ estrelas por conta da personagem Jess que me irritou muito com seu jeito de adolescente rebelde, ao exigir atenção de diversas maneiras, muitas vezes infantis. Fora isso, recomendadíssimo!

  © Blogger templates Psi by Ourblogtemplates.com 2008 | Layout por Maeva

Back to TOP